terça-feira, 11 de outubro de 2011

LIÇÃO DE CASA

Muito se tem discutido à respeito da necessidade ou não da lição de casa, se deve ser em quantidade maior ou menor, se deve ser corrrigida pelo professor, enfim, há sempre opiniões divergentes à respeito deste assunto.
A escola deve promover a autonomia do educando e levá-lo a buscar o conhecimento pretendido , especialmente agora, quando temos os meios de comunicação que nos permitem acessar continuamente muitas informações.
A lição de casa é imprescindível para que o aluno possa buscar esses conhecimentos, ou, se já os tem, entendê-los e fixá-los, ou até mesmo enriquecê-los.
É uma complementação daquilo que se aprende em sala de aula.
Quanto às informações disponíveis na internet, o aluno deve ser orientado para que saiba discernir o que é realmente importante sobre um assunto, pois este pode ter abordagens diferentes, nem sempre de acôrdo com a sua necessidade  ou seu nível de entendimento.
O professor deve planejar com antecência a lição , de acordo com objetivos bem claros, tendo em mente o relacionamento do tema com o estudo em classe , o grau de dificuldade em relação à maturidade do aluno e também, prever o tempo que o mesmo levará na sua execução.O nível de aprofundamento de um assunto, deve ser gradativo, acompanhando o nível intelectual do aluno.
Portanto,mais uma vez, cuidado com as pesquisas na Internet, por que nem sempre as informações obtidas e/ ou necessárias, estarão adequadas ao nível do aluno.
É necessário que, ao apresentar o trabalho realizado, o aluno receba do professor as orientações necessárias para sua correção e esclarecimento de dúvidas.
É importante que o aluno se sinta seguro quanto à dedicação do professor na orientação e correção das lições de casa. E é importante que, também o professor ,perceba o empenho e dedicação do aluno na execução das mesmas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BRASIL - DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

O Brasil se desenvolveu economicamente, estando hoje em situação melhor perante o mundo desenvolvido, mas deixou a desejar em relação à  infra-estrutura , que deve receber maior atenção para que este desenvolvimento se consolide.
Ao lado disso, necessita urgentemente de maior desenvolvimento científico e tecnológico, para que possa concorrer no mundo globalizado. Estamos despreparados, não temos o aperfeiçoamento necessário  e nem o número suficiente de  pessoas com cursos de aprofundamento nestes campos, capazes de contribuir para o nosso avanço no referido setor.
Para que esta defasagem seja superada, o Brasil, através de suas Universidades, fará convênios com Universidades americanas, para que nossos jovens possam lá realizar cursos,os quais permitirão a aquisição de conhecimentos e experiências nestas áreas.
É uma oportunidade para os jovens e também para o Brasil, que conta com o apoio dos Estados Unidos, através de sua embaixada e de seus consulados aqui.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Brasil assina convênio para oferecer cursos na área de tecnologia na Alemanha

 O Brasil quer aumentar o número de estudantes de tecnologia com cursos de graduação ou doutorado na Alemanha. Para tanto, o Ministério de Ciência e Tecnologia firmou hoje (19) acordo com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.
O convênio tem o objetivo de identificar as instituições que possam receber os brasileiros e oferecer apoio naquele país com cursos de língua inglesa ou alemão. O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico também incentivará a realização de pesquisas nas universidades locais, com a participação de brasileiros.
Ainda não foram definidas quantas bolsas serão oferecidas, mas a estimativa do programa Ciência Sem Fronteiras, executado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é ofertar 10 mil vagas, em vários países, até 2014.
As bolsas serão preferencialmente de graduação, doutorado, pós-doutorado, doutorado sanduíche ou de estágio sênior nas áreas de tecnologia, fármacos e energia. O valor atual é 800 euros para gradação e 1,3 mil euros para doutorado.
A partir do convênio entre o CNPq e o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, a expectativa é que o número de estudantes brasileiros naquele país aumente consideravelmente a partir de 2012. Hoje, 2 mil alunos e pesquisadores frequentam universidades e institutos de pesquisa alemãs.
Na abertura do Encontro Brasil-Alemanha 2011, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Rui Nogueira, destacou que o país quer dar um salto tecnológico com investimentos na área de inovação e espera contar com a Alemanha para a formação de profissionais.

Escrito por   
Isabela Vieira
Agência Brasil No Rio de Janeiro

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Escola britânica muda horário das aulas e reduz faltas em 8%

Uma escola britânica que decidiu iniciar as aulas uma hora mais tarde como parte de um experimento cientifico afirma ter registrado uma queda significativa nos índices de ausência dos alunos.
A escola de ensino secundário Monkseaton High School, em Newcastle, no norte da Inglaterra, tem 800 alunos com idade entre 13 e 19 anos.
Desde outubro do ano passado, as aulas começam às 10h em vez das 9h.
A escola permanece aberta entre 8h e 17h e as aulas são dadas entre 10h e 15h40.
As observações iniciais indicam que as faltas gerais caíram 8% desde a adoção da medida. No mesmo período, as ausências persistentes tiveram uma queda de 27%.
Segundo o diretor Paul Kelley, a mudança no horário das aulas pode ajudar a criar adolescentes "mais felizes e mais bem educados".
"Podemos ajudá-los a aprender melhor. Podemos ajudá-los a ficarem menos estressados simplesmente mudando o horário das aulas", disse.
Relógio biológico
O diretor afirmou ainda que exames médicos já comprovaram que o adiamento no horário de início das aulas se enquadra melhor à saúde física e mental de jovens nessa faixa etária. Segundo ele, os adolescentes aprendem melhor no período da tarde.
O experimento de adiar o horário do início das aulas foi supervisionado por cientistas, que monitoraram o efeito da mudança sobre os alunos.
Um desses cientistas, o professor de neurociência da Universidade de Oxford, Russell Foster, realizou testes de memória nos alunos da escola. Segundo ele, os resultados sugerem que as lições mais difíceis devem ser ensinadas no período da tarde.
Foster afirmou ainda que o relógio biológico dos humanos pode ser alterado na adolescência --o que poderia significar que esses jovens querem acordar mais tarde não porque são preguiçosos, mas porque estariam programados para fazê-lo.
De acordo com o especialista em sono Till Roennenberg, é um "absurdo" começar as aulas cedo.
"Isso está relacionado ao modo como nosso relógio biológico se ajusta aos ciclos de claridade e escuridão. Isso claramente se torna mais tarde na adolescência", disse.
Segundo ele, ao acordar muito cedo, os adolescentes perdem a parte mais essencial do sono. "O sono é essencial para consolidar o que se aprendeu", disse.
A escola afirmou que vai decidir antes do próximo ano letivo se vai dar continuidade ao programa. Os resultados finais sobre o experimento na instituição de ensino serão publicados em uma revista científica no próximo ano.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

MONTESSORI - VISÃO CÓSMICA

            Crianças portadoras de deficiência mental, desde que educadas de maneira adequada, podem desenvolver a inteligência.Se isso é possível, o método pode ser aplicado a outras crianças com êxito.Tudo é questão de utilizar materiais e técnicas corretas. Baseada nessa certeza, a médica italiana Maria Montessori desenvolveu o método que até hoje leva seu nome.
           O método Montessori não é apenas uma técnica de alfabetização , é um sistema de educação, com uma visão cósmica visando a integração de todosos seres vivos e respeito ao meio-ambiente .
           O espaço escolar é o primeiro alvo do método, que se preocupa em tornar o ambiente agradável e vivo. Em vez de bancos padronizados para todos, cadeiras e mesas adequadas ao tamanho das crianças.Os bancos devem ser removíveis para atender às necessidades de cada momento.A preocupação com disciplina já começa aí:os alunos têm liberdade  de dispor de seus lugares, em alguns momentos, mas devem saber como fazer isso sem perturbar ninguém. Nada de livros ou cartilhas, mas objetos – blocos de madeira, cubos, fitas, linhas, tecidos, todo tipo de instrumento que permita o desenvolvimento da inteligência – que estimulem a audição, o tato, a visão ou mesmo a concentração. Montessori considera a educação dos sentidos um elemento essencial. Dessa maneira, o material didático é concebido para dar ao aluno a chance de perceber e conhecer cada estímulo, cada sensação.
            A conservação do ambiente e o relacionamento social não são esquecidos. As crianças são estimuladas a desenvolver a cortesia e a amabilidade.Devem respeitar-se mutuamente, revezando-se nas tarefas de conservação da sala- a limpeza e ordem do ambiente  dependem unicamente das crianças.              
 O método diz respeito à liberdade da criança. O aluno pode escolher o material com que vai trabalhar.Ao professor cabe  orientar, quando necessário, a utilização de algum objeto.”O professor é um mediador do conhecimento.
            Sobre alfabetização, Montessori vê dois aspectos:primeiro, considera que a escrita não deve ser a principal preocupação da Escola. Para utilizar a linguagem, ou seja, para exprimir um pensamento,  é necessário que esse pensamento esteja organizado.E, para isso, deve-se primeiro educar os sentidos e aas percepções.
            A educadora italiana preferia utilizar letras grandes, recortadas em papel ou papelão, para familiarizar a criança com o desenho da letra.Ao mesmo tempo, associava a letra a algum desenho que representasse seu som:para o “M” , uma mão, para o “F” uma faca.Depois de familiarizar o aluno com as letras e vocábulos, já é possível formar palavras. Manipulando o alfabeto de papelão ou madeira, a criança forma as palavras, sílaba por sílaba, conforme seu som.Como as letras não são fixas, podem sempre ser alteradas e corrigidas.Feito isso, verifica-se a “explosão da escrita”, nas palavras da própria Montessori.
A Primeira Doutora da Itália
            A criadora de um dos mais populares métodos educacionais em uso não era uma pedagoga. Maria Montessori doutorou-se em medicina – foi a primeira mulher na Itália a obter esse título. Nascida em 1870, começou a exercer sua carreira de médica como assistente em um hospital psiquiátrico em Roma, onde iniciou suas pesquisas sobre aprendizagem, tendo como objetos de seus estudos um grupo de crianças excepcionais.
            Para a instrução primária desses portadores de deficiência desenvolveu todo o material pedagógico que viria a usar em seu método.A classe preparada por Montessori conseguiu passar em um exame público de admissão para o primário, sem que os examinadores notassem qualquer diferença. Partindo do princípio de que o método utilizado desenvolvia a inteligência, resolveu aplicá-lo a crianças não-excepcionais. Montessori faleceu na Holanda, aos 80 anos.
Idéias Sensoriais
            “Procuremos , porém, infundir numa só alma o espírito de áspero sacrifício do cientista e do inefável êxtase de uma alma mística – e teremos obtido o espírito do educador”.
“Precisar do auxílio de um criado é depender dele, é admitir a própria incompetência.O paralítico e o príncipe que não podem descalçar os sapatos, um por uma causa patológica, o outro por uma razão social, estão, de certo modo, na mesma situação.”
“A análise dos movimentos caminha paralela à economia de movimentos:não executar nenhum movimento supérfluo é alcançar o grau de perfeição.”
“A educação sensorial é igualmente necessária como base para a educação estética e a educação moral.”
“Nossa missão face á criança é fazer chegar ao seu espírito raios de luz, avançando sempre mais.”
    (Maria Montessori,Pedagogia Científica)

Bibliografia
Maria Montessori, Pedagogia científica,Ed. Flamboyant
A criança , Ed. Nórdica
Mente absorvente, ED. Nórdica
Maria Montessori Jr Educação para o desenvolvimento humano, Ed. Obrape

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Crise pode tornar o estudo um 'luxo', dizem bispos italianos

O vice-presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), monsenhor Gualtiero Bassetti, alertou nesta quarta-feira para o risco de uma possível crise econômica mundial prejudicar o direito ao estudo. Segundo ele, os bispos italianos acreditam que "o direito ao estudo, que é um direito de todos, poderá se tornar um luxo", já que, há algum tempo, são registradas "situações de precariedade e pobreza humana e moral".
"Estou falando de situações de pobreza econômica cada vez mais difundidas por falta de trabalho; pelo alto custo de vida; por casas que não se encontram mais, apesar da expansão imobiliária frenética; pelo financiamento imobiliário que não dá mais para pagar", afirmou Bassetti.
O vice-presidente da CEI também disse que "uma cidade ou um país que não tem em sua base a solidariedade e o bem comum, e sim, o egoísmo e o privilégio, perdeu o sentido profundo do seu papel de organização e da sua finalidade de civilização".

quinta-feira, 21 de julho de 2011

EDUCAÇÃO TÉCNICA/FORMAÇÃO PROFISSIONAL Aspectos positivos, negativos e interessantes


Aspectos positivos:
1.      A formação profissional reproduz um universo de trabalho através dos processos das empresas. Como aspecto positivo dessa afirmação tem-se o fato de que as empresas se aproximam das escolas e vice-versa.
2.      A educação técnica torno-se o melhor caminho para alcançar universidades de carreiras técnicas.

Aspectos negativos:
1.      Se não houver a aproximação da escola com os setores da produção os sistemas educacionais se desenvolvem com muita independência da estrutura econômica.
2.      Se não houver a aproximação da escola com as empresas, haverá profundas dificuldades dos sistemas de educação se comunicarem com o mundo da produção e do trabalho.



Aspectos interessantes:
1.      A profissionalização do ensino médio (antigo 2o. grau) no Brasil, criou condições para o surgimento de um novo processo educativo que se chamou “formação profissional”. Baseava-se na experiência francesa “escola ativa” e alemã “aprender fazendo”. No Brasil, este modelo de escola profissionalizante chamava-se escola tecnicista e teve como período de funcionamento a década de 70, (LDB 5.692/71 até a LDB 7.044/82).
2.      Afirma o autor de que as formas de organização cientifica do trabalho reconhecidas como fordismo/taylorismo também foram levadas em conta para o desenvolvimento econômico contínuo. Contudo, hoje essas formas de gestão foram ou estão sendo substituídas pela Qualidades Total.
3.      A Organização Internacional do Trabalho, em 1962, recomendou que o termo “educação profissional”  fosse substituído por “formação profissional”, definindo como sendo o “desenvolvimento de um conhecimento que possibilite a aquisição de um emprego e também garanta a formação da personalidade”.
4.      As novas tecnologias romperam com as estruturas convencionais da produção, gerando um novo paradigma para o trabalhador/trabalho, elevando as exigências da qualificação profissional.
5.      O autor apresenta uma proposta que se traduz como “repensar a integração entre os diferentes segmentos educativos e o mundo do trabalho, ou seja, a relação entre a ciência, tecnologia, processo produtivo e a educação”.


Modalidade da comunicação que atinge o público infanto-juvenil

Para cada tipo de público há uma mídia específica que atende e fala melhor com determinado grupo. E há naturalmente um planejamento desta mídia, de como ela poderá atingir de forma mais eficaz o público que lhe interessa.
            A mídia do público jovem é basicamente a TV, a Internet, o telefone, o desenho animado e algumas publicações, como revistas e no caso da criança, inclui-se as citadas e revistas dirigidas a este público sempre associadas com ganho de um brinquedo ou alguma promoção onde ela tenha que colecionar ou trocar com os colegas, aliás acaba se tornando uma nova linguagem:-quem tem determinada figurinha e quem não tem, acaba estimulando e induzindo outros a consumirem aquele produto não com a finalidade da leitura mas com a de possuir o objeto que a incorpora a um determinado grupo. Portanto ela pede aos pais a revista pelo que está associado a ela. A criança tem uma demanda que vem de fora, não por uma necessidade interna de buscar a leitura, mas a de não se sentir diferente dos demais colegas.

Criança e  jovem : vistos como produto
            Portanto podemos compreender a extensão do poder que decorre dessa interação de transmissão de conteúdos em massa que passam a incorporar os códigos de interação entre uma pessoa e outra ou mais.
            As demandas criadas pela TV não são originais da criança e do adolescente. Simplesmente eles são direcionados a terem que lidar com uma sensualidade precoce, a sexualidade sem conseqüências, consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional, vocabulários e expressões simples copiadas porque são repetidas e levam apenas à uma expressão automática, não levando a criança e o jovem a buscar em si mesmo palavras para expressar o que ele sente, o que ele vê .o modo pelo qual a TV aborda o seu público faz com que possamos pensar.”Não há o que pensar, já está dito , feito e concluído.”É um modelo de passividade.”
            Que valor agregado ao comportamento existe quando a criança pede aos pais para consumir determinado produto porque é tão fácil fazer e preparar que nem precisa de auxílio para ser preparado? Cria na criança e no jovem a idéia de uma autonomia que não foi aprendida pelos seus esforços, apenas uma resposta ao estímulo visto:- faça a sua própria sopa, faça o seu próprio macarrão. Coma isto, porque assim você facilita o trabalho da mamãe!
            Ora embute aí uma demanda gerada por algo que tem em si um apelo de merchandising que visa o comércio.Não se preocupa com a extensão do que isto causa em termos de particularidades da vida de cada um.É um comunicador de massa e não considera a especificidade e qualidade.
            Estamos então lidando com algo que se torna produto. Através de comportamentos estereotipados.
       Fazer comunicação nivelando o entendimento do público por baixo é por demais desastroso na formação de pessoas. O uso de uma linguagem simplista, facilitado ao máximo, serve para que assim não precisem pensar e nem desenvolverem um pensamento crítico.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Considerações sobre a Influência da mídia na Educação sob o ponto de vista do papel do educador

A velocidade da informação é extremamente ágil e seres humanos precisam de um tempo existencial para assimilá-lo” Luiza Ricotta , 2003
            A influência da mídia no comportamento do aluno vem pintada de várias formas e diferentes nuances, onde a figura do educador surge como elemento capaz de promover a crítica e a adoção de condutas mais próximas da interação humana e menos do padrão de consumo e  de mercado.Se a escola, os pais, os jovens e as crianças puderem ter para onde dirigirem suas questões, poderemos ter algum caminho  que nos leva a uma comunicação mais coerente.
            Uma outra questão considerada fundamental é o fato da mídia voltada ao público infanto-juvenil juntamente com seus distintos veículos , transmitir uma cultura que não necessariamente responda às indagações e necessidades pertinentes à infância e adolescência, ou à esta etapa do desenvolvimento humano. Acabam por acelerar e queimar etapas de um processo vivencial.
            Entendemos que a mídia em si não é um mal e onde o elemento perturbador está em que, enquanto veículo que é, transmissor de mensagens, possa se ocupar de promover estímulos, informações e incentivos a comportamentos que geram a angústia e o descompasso entre um mundo desconectado da essência humana, dos valores associados às suas necessidades.
 Naturalmente o professor tem seu papel desenvolvido, no entanto lançamos a reflexão de que além de professor possa ser um educador sensível a questões da atualidade. Necessita estar coerente com seu tempo e observando as influências que  seus alunos lhe trazem bem como  os reflexos da comunicação diante da formação de indivíduos.
            O educador está envolvido com a formação do saber dos alunos compreendendo seu trabalho como sendo aquele além do proposto pelo currículo formal – da produção do conhecimento e formação de indivíduos.

Dica: visite o banco de redações
             

quinta-feira, 9 de junho de 2011

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale maisque a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho; ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. 
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.Trate-o bem, mas não o mime, pois, só o teste do fogo faz o verdadeiro aço.Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois, só assim poderá ter fé nos homens.Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

*Abraham Lincoln, 1830*

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ensino médio e seus caminhos

Um dos principais dilemas da educação contemporânea é aquele que gira em torno da permanência dos alunos do ciclo médio nos bancos escolares. Atraídos pelo número de estímulos e pela velocidade da sociedade, a escola lhes parece enfadonha. No entanto, muito do que lhes parece fora de propósito nessa fase - experiências, relações, conhecimentos - só irá adquirir sentido ao longo do tempo. Muitas vezes acaba por não fazer, por diversos motivos, entre eles o abandono da escola. 
Para melhorar o cenário, o governo federal aposta, desde 2004, em propostas que apontem para um programa curricular mais flexível. Uma das principais medidas foi a possibilidade de integrar ensino regular e a educação profissional, sacramentada pelo decreto 5.154/04. Dessa maneira, instituições privadas e públicas oferecem as aulas regulares em um turno e cursos que preparem para o mercado de trabalho em outro, sob uma mesma matrícula.

Na opinião de Maria Sylvia Simões, professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, as ideias do Ensino Médio Inovador representam um avanço na educação brasileira. Por outro lado, lembra a professora, a consolidação do projeto no país inteiro esbarra em um ponto bastante complicado: o MEC e os governos estaduais precisam estar em sintonia. Mas alguns estados já sinalizaram que não deverão aderir. "Se não há vontade política de quem tem o poder de decisão, fica difícil implantar", comenta Maria Sylvia Simões. Outro problema é o custo do modelo, bem superior ao do ensino médio tradicional.

fonte: uol educação


Atualmente a SEB reformula o programa e uma nova versão está prevista para maio. Uma das medidas sendo planejadas é articulá-lo com outro programa do ministério, o Mais Educação, que oferece suporte financeiro diretamente às escolas para passarem a ofertar atividades optativas. Elas são agrupadas em macrocampos como esporte e lazer, cultura e artes, cultura digital, educomunicação e educação econômica. 


O EMI funciona atualmente em escolas de 18 estados que resolveram aderir a ele e  recebem apoio técnico e financeiro da União. Segundo dados da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), os recursos totais somam R$ 33 milhões e atingem 296 mil estudantes em 357 escolas.


Nesse modelo, o currículo passa a valorizar a interdisciplinaridade e deve ser organizado em torno de quatro eixos: trabalho, tecnologia, ciência e cultura. Também é previsto o incentivo à contratação de professores com dedicação exclusiva e o estímulo às atividades de produção artística e de aulas teórico-práticas em laboratórios.


Novo modelo


O E-Tec Brasil é direcionado para pessoas que moram em cidades do interior e periferias de áreas metropolitanas. Eliezer Pacheco explica que os cursos estão concentrados na área de serviços, mas que há convênios com institutos federais para as aulas laboratoriais. "Também estamos adquirindo caminhões-laboratórios, que irão aos lugares mais distantes", completa. Hoje, o programa tem 291 núcleos espalhados em 20 estados, com 28 mil alunos matriculados. E há ainda o Brasil Profissionalizado. Até o fim de 2011 ele irá repassar cerca de R$ 900 milhões para os estados expandirem e modernizarem as redes públicas de ensino médio integradas à educação profissional. 


Outro programa para a área, em vigor desde 2009, é o Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec Brasil), que ministra educação a distância e envolve os segmentos concomitante e subsequente. Apenas instituições públicas federais, estaduais e municipais que já oferecem o modelo presencial podem abrir núcleos.


Para o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Eliezer Pacheco, a oportunidade irá contribuir não apenas para elevar a taxa de jovens na área técnica mas também motivá-los a concluir o ensino médio. "O programa é mais uma alternativa importante para responder às expectativas dessa população", acrescenta o secretário. Quando esta edição foi fechada, em meados de abril, o plano aguardava alguns estudos finais para ser lançado pela presidência da República. A aposta na educação profissional se consolidaria através da ofertas de cursos também na educação não formal e no ensino superior (tecnólogos), além do médio. 


Novas ideias


Além da educação integrada, o decreto 5.154/04 traz outras duas formas de articulação entre o ensino médio e a educação profissional: a concomitante, para quem já está cursando o ensino médio regular, com duas matrículas por aluno e oferta de disciplinas na mesma escola ou em local distinto; a subsequente, oferecida para aqueles que já terminaram o 2º grau.


Os números comprovam a tese do estudante. Uma pesquisa conduzida pelo economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada em 2010, apontou que a chance de arrumar emprego para jovens que cursam alguma modalidade de educação profissional é 48% maior. A possibilidade de carteira assinada também cresce 38%. Para chegar a esses índices a pesquisa relacionou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) dos oito anos anteriores.


Aos 16 anos, Matheus resolveu fazer o ensino médio integrado porque, na sua opinião, esse caminho lhe dará mais chances de seguir os estudos no ensino superior. "Quero ir o mais rápido possível para a universidade. Se tiver de ser uma particular, com a mecatrônica tenho chances de arrumar um bom trabalho para conseguir pagá-la", diz, referindo-se à formação técnica que está cursando, umas das 83 oferecidas no ensino técnico paulista.

Garoto em sala de aula
 Esse é o caso de Matheus Escobar, aluno do 2º ano da Escola Técnica Estadual (Etec) Jorge Street, em São Paulo. Durante a tarde, ele cursa as disciplinas do ensino formal tradicional; de manhã, tem aulas de desenho técnico mecânico, automação industrial e eletrônica digital, entre outras.


Realidade brasileira


Para aumentar esses índices de conclusão, o MEC aposta na ampliação da educação profissional, ainda pouco expressiva no Brasil. No âmbito do ensino secundário, ela responde por apenas 14% das matrículas, contra 77% da Áustria, 58% da Alemanha, 44% da França, 42% da China e 37% do Chile.


Evidência disso é o índice de jovens de 18 a 24 anos que completaram o segundo ciclo do 2º grau, que equivale ao nosso ensino médio. Conforme o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), a média de conclusão nessa faixa etária entre os 27 membros é de 79%. Nos Estados Unidos, chega a 89%. No Brasil, conforme a Síntese dos Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE em 2010, somente 37% dos jovens de 18 a 24 anos já completaram a etapa. Segundo pesquisa recente divulgada pelo Instituto Unibanco junto à rede estadual paulista, de cada 100 alunos que terminam o ensino fundamental com a idade correta, 83 vão para o ensino médio. Destes, apenas 47 terminam o médio em três anos. Considerando a evasão do início do fundamental ao final do médio, de cada 100 estudantes que entram saem 23 no período correto.

No Brasil, o cenário segue roteiro parecido. As novas proposições do governo federal para o ensino médio têm o objetivo de elevar o índice de conclusão do ensino médio regular para o patamar de países mais desenvolvidos. "Para esses países, a permanência do aluno em sala de aula nessa etapa deixou de ser um desafio há alguns anos. Hoje existe uma forte pressão socioeconômica, e muitos daqueles que saem não têm a menor chance profissional na vida", avalia Cândido Gomes, consultor da Unesco e professor da Universidade Católica de Brasília (UCB-DF).

Todo esse clima de desinteresse dos adolescentes pela vida escolar tem gerado muitas reflexões mundo afora sobre os possíveis caminhos de fazer com que o ensino médio seja vivido e percebido como significativo. Nessa perspectiva, o desafio dos sistemas de ensino nos últimos anos envolve a capacidade de organizar um programa curricular que consiga, ao mesmo tempo, formar os jovens para continuar os estudos no ensino superior e prepará-los para o mercado de trabalho. Ou seja, fazer com que se escolarizem o mais possível, o que muitas vezes obscurece outros sentidos da educação. 

Outra proposta implantada em caráter experimental é o Ensino Médio Inovador (EMI). Lançado no ano passado, tem entre as suas principais ações o aumento da carga horária letiva anual de 800 para mil horas e a destinação de 20% dessa carga à oferta, pela escola ou por parceiros, de disciplinas eletivas. 
Para aumentar o índice de matrículas no ensino técnico, o governo federal aposta também no Programa Nacional de  Acesso à Escola Técnica (Pronatec). Anunciado em fevereiro deste ano pela presidente Dilma Rousseff, ele vai financiar cursos profissionalizantes no nível médio em instituições particulares para pessoas de baixa renda. Alunos que já se formaram no segundo grau também poderão participar, através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).