quinta-feira, 21 de julho de 2011

Modalidade da comunicação que atinge o público infanto-juvenil

Para cada tipo de público há uma mídia específica que atende e fala melhor com determinado grupo. E há naturalmente um planejamento desta mídia, de como ela poderá atingir de forma mais eficaz o público que lhe interessa.
            A mídia do público jovem é basicamente a TV, a Internet, o telefone, o desenho animado e algumas publicações, como revistas e no caso da criança, inclui-se as citadas e revistas dirigidas a este público sempre associadas com ganho de um brinquedo ou alguma promoção onde ela tenha que colecionar ou trocar com os colegas, aliás acaba se tornando uma nova linguagem:-quem tem determinada figurinha e quem não tem, acaba estimulando e induzindo outros a consumirem aquele produto não com a finalidade da leitura mas com a de possuir o objeto que a incorpora a um determinado grupo. Portanto ela pede aos pais a revista pelo que está associado a ela. A criança tem uma demanda que vem de fora, não por uma necessidade interna de buscar a leitura, mas a de não se sentir diferente dos demais colegas.

Criança e  jovem : vistos como produto
            Portanto podemos compreender a extensão do poder que decorre dessa interação de transmissão de conteúdos em massa que passam a incorporar os códigos de interação entre uma pessoa e outra ou mais.
            As demandas criadas pela TV não são originais da criança e do adolescente. Simplesmente eles são direcionados a terem que lidar com uma sensualidade precoce, a sexualidade sem conseqüências, consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional, vocabulários e expressões simples copiadas porque são repetidas e levam apenas à uma expressão automática, não levando a criança e o jovem a buscar em si mesmo palavras para expressar o que ele sente, o que ele vê .o modo pelo qual a TV aborda o seu público faz com que possamos pensar.”Não há o que pensar, já está dito , feito e concluído.”É um modelo de passividade.”
            Que valor agregado ao comportamento existe quando a criança pede aos pais para consumir determinado produto porque é tão fácil fazer e preparar que nem precisa de auxílio para ser preparado? Cria na criança e no jovem a idéia de uma autonomia que não foi aprendida pelos seus esforços, apenas uma resposta ao estímulo visto:- faça a sua própria sopa, faça o seu próprio macarrão. Coma isto, porque assim você facilita o trabalho da mamãe!
            Ora embute aí uma demanda gerada por algo que tem em si um apelo de merchandising que visa o comércio.Não se preocupa com a extensão do que isto causa em termos de particularidades da vida de cada um.É um comunicador de massa e não considera a especificidade e qualidade.
            Estamos então lidando com algo que se torna produto. Através de comportamentos estereotipados.
       Fazer comunicação nivelando o entendimento do público por baixo é por demais desastroso na formação de pessoas. O uso de uma linguagem simplista, facilitado ao máximo, serve para que assim não precisem pensar e nem desenvolverem um pensamento crítico.

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